domingo, 25 de março de 2012

Os Fabricantes de Lampeões

Lá está, mais um fabricante de Lampião,
Com a sua ferramenta sempre à mão,
Aquela sua postura altiva e intimidante
Em perfeita concordância o semblante,
Violento e traiçoeiro.

Com a sua insaciável sede de justiça,
Intimida a sua matéria-prima omissa
Usando toda a violência hollywoodiana
Acumulada durante a sua infância insana,
O gatilho é ligeiro.

A estúpida hierarquia dos cães,
Com coleiras e donos sem mães,
Permite-lhes fazer o mal justificado.
Por dinheiro, isso não é pecado,
Devemos concordar.

As suas armas apontadas e prontas
Permite-lhes lidar com todas as afrontas
Pondo em jogo a vida de alguns inocentes,
Pobres medrosos e cidadãos decentes.
Eles teem que trabalhar.

E o Lampião vai nascendo e crescendo
Dentro daquele perante o cano, tremendo,
Pensando que, no momento descrito,
Viu-se desarmado, incapaz e frito.
Momentos assim, ninguém esquece.

E a lei... nem o fabricante obedece.











VIOLÊNCIA GERA VIOLÊNCIA,
NÃO PODEMOS PLANTAR CAPIM
E ESPERAR QUE NASÇAM ROSAS!





(Em homenagem à todos aqueles bons policiais
Que gritam, apontam armas e assustam cidadãos
Por sentirem-se a classe mais importante.
É isso que eles fazer na sociedade:









Ah, tá, e à Lampião também!

Um grande VIVA às lutas pela liberdade
E contra todo o abuso de autoridade!)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Se Você Busca Um Sorriso, Não Leia!

Escrevo agora com o ódio
Que corrói a alma.
Aquele maldito e até óbvio
Sentimento que nos acalma.

O mundo é cruel e insano
Frio e matemático.
É estúpido quem está tentando
Ser sempre simpático.

Os bons sentimentos morrem,
Aqui, neste horrível lugar,
Enquanto imbecis comcorrem
À qualquer prêmio vulgar.

Os olhos cheios de esperança
Vindo em minha direção,
Lembram-me uma criança
Com um revólver na mão.

A inocência da inconsequência
Da curiosidade do filho
Pode levá-lo, sem prudência,
A apontá-la e puxar o gatilho.

O simples ato de baixarmos
A nossa cabeça
Pode até mesmo matar-nos,
Nunca esqueça.

Correto mesmo é sair por aí
Destruíndo e matando,
Como todo o esperto faz aqui.
Isso é comum, não insano.

Então vem-me a tristeza
De, infelizmente, saber,
Com toda a certeza,
Que,
Ainda melhor, pode crer,
Não é matar, mas morrer.

E fico esperando o dia correto
Em que minha alma penada
Largue este corpo incompleto,
Torne-se, finalmente, alada
E saia desta imunda estrada.

A Verdade

Nem feia, nem bela,
Dolorosa ou singela,
Ela é a verdade.

Sem rancor ou vaidade
Ou piedade do executor
Não traz dor, nem amor.

Não quer ódio ou alegria
Nem teme a noite ou o dia,
Acoita, corta, mata e cura.

A Verdade é uma figura!

Faz chorar e dar risada;
É o caminho e a cilada;
Dá a vida para matar;
Ordena o caos para criar.

A verdade é humana e irracional;
Fria, sadia, forte, imparcial
E, pode apostar, sempre pontual.

É o oposto da mentira
Que salva, condena,
Engana e envenena
E, quando descoberta,
Muito esperta,
Escolhe um lado e se retira.

Rotten World

If you realy want to know
What I have to say
I"ll realy try to tell you,
But, I"ll do it in my own way.

To live sucks the life to the bones,
Even before you die;
The world only choose the ones
That knows how to lie.

The poetry of life is rotting
And falling down in agony
While good ones are preing
For the fool's gods simpathy.

Thus, there's still some hope.
In the name of the goodness.
One or other go to the rope
For it, some more, some less.


And others, like me, instead,
Only wants this own place
To rest sided with the Death.
This is the only real grace.