terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Desabamento em Sobradinho

O teto da cidade
Caiu, de verdade,
Sobre todos os moradores.

Por volta das dez,
Já sem ver mes pés,
Corria eu pelos arredores.
As pessoas passavam -
Ou corriam ou nadavam! -
Tentando, à toa, proteger-se.

A chuva vinha e lavava
A dura terra que dava
Tudo o que só nela cresce.
Relâmpagos azuis rompiam
A atmosfera e acendiam
todos os cantos desta esfera.
E a água descia
Com grande maestria
Entre o rugir destas feras.

Cena esta que demora
E que chega sem hora.
Na caatinga, só chove no fim.

Aqui, a sombra bronzeia,
A chuva rareia,
A fome recreia...

...Só não tem tempo ruim.

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