terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Um Ser Que Ama Quimeras

Enquanto poetas amam,
Cuidam e idolatram
As suas belas musas,
Espertos tiram suas blusas.

Enquanto poesias,
Quentes, duras ou frias,
Prenchem o palpel,
O ser amado
Cai do céu,
Acompanhado.

Quando todo o carinho
Cai na terra sozinho,
Falsa semente de amor,
Faz brotar mais uma dor.

A única forma real
De um amor nascer
É plantar algum mal
E esperar para colher.

Amor verdadeiro,
Não um sonho ligeiro,
Nasce apenas do perdão
Do conquistado coração.

Assim, evoluímos:
Pouco a pouco, a cada dia,
Nos vamos reprimindo
Por amar uma musa fria.

Por que devemos maltratar
O ser que desejamos amar?

Sei-lá, são as regras do jogo,
Perder, novamente, é fogo!

O melhor é parar de jogar

Isso é um poeta, deveras,
Um ser que ama quimeras.

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