sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Corpo e Mente

O vazio da triste mente,
A abandonada mente,
Mente que pensa que pensa,
E só evapora e condensa,
Vai e vem com você
Dentro dela a dizer:
Agora está tudo bem
Eu sou sua também.

Mas o corpo, frustrado,
Que até então ficou calado,
Perguntou, com toda a arte:
E cadê a minha parte?!?!

E sem ter o que responder
(Já era!), não pude conter
Aquele estranho desejo
De ter mais que um beijo.
E o meu amor decidido
Tornou-me um bandido,
Ladrão de inocências.
Tempos de decadência.

Porém agora, realmente,
Não me sinto inocente,
Menos ainda culpado,
Apenas um tanto frustrado.
Que sentimento dura,
No perigo e sem cura?
Que tipo de amor resiste
Com a distância que existe
Entre aqueles que amam
Mas não se entregam?

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